Um outro Tomé

Um outro Tomé

Não bebo do cálice de absurdas crenças

Sou ouvidos abertos aos olhos e à razão

Cruzes que carrego, são conscientes penas

justas consequências, não condenação.

Minha rendição mora em minhas vontades;

As minhas verdades estão dentro de mim

Não entro em conflito entre o não e o sim;

Pra me decidir delego autoridade.

Nasci e vou partir preso à minha liberdade

pra ser, pra pensar, pra fazer o que quiser...

Querer não ser assim é uma atitude covarde.

Se há reencarnação talvez eu seja um Tomé

sem as vestes da crença e da vã santidade,

e com os olhos da carne à frente dos da fé.