Epílogo
Não se deve escavar certas feridas,
São, de certa forma, túnel do tempo
Que leva a perigosíssimo campo,
Pois mexe com cicatrizes queridas.
É preciso passarmos tudo a limpo,
Antes que lágrimas fiquem áridas
Pela falta de emoções mal nutridas
Que jamais levariam para o olimpo.
Mágoas, arrependimentos, agonia,
Basta abrir essa caixa de pandora
Para revê-las e perder a harmonia.
O passado às vezes é como âncora,
Nos leva para o fundo, e sua vã ironia
É ser difícil vivermos só o agora.