Sou mescla vã das sobras dessa festa

Sou mescla vã das sobras dessa festa:

Champanhe com Channel número cinco,

Colar de pedra azul, batom na testa

E o preto do vestido já sem vinco.

Pressinto e intuo aquilo que não vejo

E fujo dessa ânsia cafetina,

Pois cheiro dele aqui - que é só um bafejo -

Trespassa minha alma e ainda é sina.

Quem faz de mim esse animal sisudo,

Que está tão preso aos próprios preconceitos,

É o bicho humano que o meu mundo habita.

Já sei que o Todo está contido em tudo,

- Eu só não sei desconstruir os feitos -

E sigo surda enquanto a sorte grita.

Magmah