Jesus entre os Dois Ladrões - Rubens,1602
                    (Museu Real de Belas Artes - Antuérpia, Bélgica)




NO GÓLGOTA V
"SANGUE E ÁGUA"


Tinha a face pendida para a frente,
Os olhos e a boca semifechados.
Da cabeça e do corpo martirizado,
Fios de sangue, escorriam lentamente…
 
Marcas de açoites, sinais de crueldade,
Desfiguraram Jesus Crucificado,
Não perdeu o porte, soberano honrado,
Tão pouco a imagem da dignidade.
 
Quis certificar-se, o centurião,
Traspassou-Lhe com lança, o lado direito,
Abrindo enorme chaga no Seu peito…
 
Sangue e água* respingaram a vil mão
E o frio aço que trespassou o Salvador,
Pra sempre rubros com a marca do Senhor.

 




"Quando chegaram a Jesus, constatando que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Em vez disso, um dos soldados perfurou o lado de Jesus com uma lança, e logo saiu sangue e água.  (Jo 19:33,34)
 
- A água e o sangue são o testemunho que Jesus, de fato, era humano e morreu, e foi a sua humanidade que nos salvou:

"No princípio era o Verbo (...) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai. (João 1:1,14)
 
- Depois do pecado, o homem não poderia redimir-se só com as suas forças. Foi por isso que Ele, verdadeiro Homem, puro e santo, que reúne em Si toda a humanidade:
"Suportou as nossas enfermidades e tomou sobre Si as nossas dores (...) Caiu sobre Ele o castigo que nos salva” (Is 53:4, 6)


 
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 18/04/2014
Reeditado em 02/06/2014
Código do texto: T4773694
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