POR ISSO DEVEMOS AMAR

Não vês que o dia vai se aproximando?:

As aves prenunciam o amanhecer...

Tu abres do aconchego do teu manto

Provocações que inflamam meu prazer...

São pântanos do amor, doces mamilos

Brincando nos meus lábios atrevidos,

Ao mel das ilusões posso ouvi-los

A sussurrar amor nos meus ouvidos...

O dia vem, do sol a catapulta

Pendura no horizonte o seu fanal...

E os amantes seguem a mesma luta:

Os dias seguem, auroras são iguais.

Um dia morreremos e quem me escuta

Bem sabe que o dia se desfaz...

Aonde o poeta quer chegar com este soneto?

Será que o poeta valoriza a vida porque a vida passa!

O poeta valoriza os desejos...

Será que o sol como uma catapulta pendurada no horizonte

Não representa uma luta de sobrevivência?

Será que a sequência dos dias é para o poeta o caminho do fim?

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 17/04/2014
Reeditado em 17/04/2014
Código do texto: T4772603
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