TALVEZ O QUE SOU

Coloco, pois,meu coração em bandejas,
repartido em um lado de dor e outro de paz.
A metade dor já em nada se refaz,
a outra dispensa sutil o que sejas.

Seguirei eu, o lado mais importante
da vida: o que fui e sempre serei,
nem vassalo, nem coringa, nem rei,
apenas o que fui a cada instante.

Te vejo partir, como sempre partiste
em busca do que não és
e que nunca foste. Tua alma triste

desafia a realidade e, mais uma vez,
na história contada ao revés
do que poderias ser. Talvez...

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 16/04/2014
Reeditado em 02/07/2014
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