CURVA DE RIO...
Resiliente me diplomei ao caos da vida
que amarga como fel, saboreei futilmente
nas entranhas tenebrosas da vã mentira,
onde a escuridão me margeou, cegamente...
em noite danosa, entre lamas e ossos ao chão
pífio, sucumbi em dor e ódio, sem chiado e gemidos
em silêncio inocente, não ecoei som, nem murmúrio
sofri estarrecido, moribundo, como um desvanecido ser...
fictício é o segredo que a mulher torpe, no coração ocultas
degredado destino, que avassala, mutilando minha crença
vil se torna, a cada olhar matreiro, sepultando esperanças...
emerjo no que a vida me ensinou, em calmaria, levantei-me
aos Céus, aos azuis infinitos, percebi meu maior aprendizado,
o amor é como curva de rio, sem certeza, somente o inesperado...
Romulo Marinho