CURVA DE RIO...

Resiliente me diplomei ao caos da vida

que amarga como fel, saboreei futilmente

nas entranhas tenebrosas da vã mentira,

onde a escuridão me margeou, cegamente...

em noite danosa, entre lamas e ossos ao chão

pífio, sucumbi em dor e ódio, sem chiado e gemidos

em silêncio inocente, não ecoei som, nem murmúrio

sofri estarrecido, moribundo, como um desvanecido ser...

fictício é o segredo que a mulher torpe, no coração ocultas

degredado destino, que avassala, mutilando minha crença

vil se torna, a cada olhar matreiro, sepultando esperanças...

emerjo no que a vida me ensinou, em calmaria, levantei-me

aos Céus, aos azuis infinitos, percebi meu maior aprendizado,

o amor é como curva de rio, sem certeza, somente o inesperado...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 15/04/2014
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