SEVANDIJA
Imundo-me inteiro inundando-me em lodo
da mais esfaimada e letal decadência
de haver, existir amargando-te a ausência,
morrendo meus ares, meu tudo, meu todo.
Porém se me encerras a sina nos olhos,
prossigo obstinado a cumprir teus anelos,
singrando-te o mar a esquivar-me de escolhos,
ansiando aportar protegido em teus belos.
Pois minha esperança em teu riso se amanha
e a linda alvorada te suga a florida,
brilhante alegria, pra em mim renascer.
Tal como bactéria que aloja-se à entranha
de um outro vivente a nutrir-se de vida,
dependo da essência de ti para ser.