SEVANDIJA

Imundo-me inteiro inundando-me em lodo

da mais esfaimada e letal decadência

de haver, existir amargando-te a ausência,

morrendo meus ares, meu tudo, meu todo.

Porém se me encerras a sina nos olhos,

prossigo obstinado a cumprir teus anelos,

singrando-te o mar a esquivar-me de escolhos,

ansiando aportar protegido em teus belos.

Pois minha esperança em teu riso se amanha

e a linda alvorada te suga a florida,

brilhante alegria, pra em mim renascer.

Tal como bactéria que aloja-se à entranha

de um outro vivente a nutrir-se de vida,

dependo da essência de ti para ser.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 14/04/2014
Reeditado em 14/04/2014
Código do texto: T4768133
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