soneto à borda do tempo

o tempo rasga o mistério

de tudo que passa a esmo

a caminho de si mesmo

como um falso refrigério

o tempo passa por mim

dragando meus sonhos fúteis

indagando fatos úteis

que meu destino deu fim

e trouxe o grande final

o amanhã que não houve

quem plantasse um pé de couve

para colher, afinal

o tempo, quem dita a norma

de tudo que se transforma

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 12/04/2014
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