#Feira Livre

#Luciana Carrero

O amor próprio que se pode ver

É propriedade e bem particular

Que com nenhures é compartilhada

Mas por algures pode ser comprada

O bem dos outros é valorizado

Na medida em que pode ser sorvido

Haja onde houver ouro, e também beleza

Cobiças vêm buscá-los, com certeza

Mas só com bom dinheiro não se paga

A posse da beleza e do amor próprio,

Do coração às trompas de falópio

Há quem compre a propriedade de um carente

E conquiste o seu ouro ou sua beleza

Com juras e conversas de nobreza