À deriva

Alguém apareceu em meu caminho.

Mudou meu rumo e minha trajetória

E fez acreditar que em minha história

Não poderia terminar sozinho.

O rio que, então, tranqüilo eu navegava,

Mostrou-se agora agitadamente

E em meu corpo, quanto em minha mente,

Subia a adrenalina e transbordava.

Mas de repente, abrupto, uma queda

Se apresentava e me arrancava o leme

Num mais profundo golpe que alguém leva.

Agora por água abaixo, à deriva,

Procuro resgatar de novo o leme

Que possa dar um rumo a minha vida.

Pedro Douglas Guimarães – 07.04.2014