NAS ENTRELINHAS
Um homem encontrei numa tapera
Ruído pelo tempo, um ancião:
- De um velho qual o senhor o coração
Já nada tem nos sonhos, nada espera!
O velho então olhou no meu olhar,
Mexeu no seu chapéu, sentou-se em um banco...
Seus rosto parecia lagrimar,
E nada disse ele, lá de um canto
Puxou dali um pano: Um vestido:
De tanto ser usado fez-se em trapos...
Levou-lhe ao olhar já comovido...
E retirou do bolso um retrato.
Não sei se a palavra era preciso
Pra definir a dor desse mulato.