ESQUECER
Fagner Roberto Sitta da Silva
Era somente um leve pensamento
que foi seguindo lépido com o ar,
pelo anseio de nunca mais voltar,
como se fosse feito só de vento.
Como uma ave cansada de voar,
um pássaro que não encontra assento,
perdido pelo céu do esquecimento
de um mundo de constante transmutar.
Seria tudo apenas invenção
que após se perderá na escuridão?
Não. Era só a folha desprendida,
que seguia na antiga cidadela
levada pelo vento como vela:
parte daquilo que chamamos vida.
06 de abril de 2014