COMO FOSSE UM DOMINGO SEM SEGUNDA...
Odir Milanez
Como fosse um domingo sem segunda,
lamenta luto a linha do horizonte.
A tarde da solama seca a fonte
e o noitecer das nuvens se aprofunda.
Faltam faces à vida vagabunda.
Nenhum vulto volteia a mim defronte.
O vento vem sem nada que me conte,
enquanto a chuva encharca a rua imunda.
A linha do horizonte vai crescendo.
A negridão do nada, que a circunda,
profetiza um pesar que não desvendo.
A negação da luz a noite inunda.
O hoje amanhecido está morrendo
como fosse um domingo sem segunda...
JPessoa/PB
06.04.2014
oklima
********
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos à vida...
****
Para ouvir a música, acesse:
http://oklima.net