REFÉM

As fibras, veias aspiram brisa,

depois espargem estrelas ledas

que, bailarinas, tremulam sedas

e o ser essência à maciez desliza.

Mas tal macio de seda lisa

também é fogo que em labaredas

se alastra e abrasa hibernais veredas

da gris razão, anciã indecisa.

E estouram vidas em outras vidas

de dentro à vida do humano alante

forjado em cálida sensação.

E todo envolto a emoções fundidas,

se perde o homem na paz cruciante

de ser refém da feroz paixão.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 06/04/2014
Código do texto: T4758268
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