REFÉM
As fibras, veias aspiram brisa,
depois espargem estrelas ledas
que, bailarinas, tremulam sedas
e o ser essência à maciez desliza.
Mas tal macio de seda lisa
também é fogo que em labaredas
se alastra e abrasa hibernais veredas
da gris razão, anciã indecisa.
E estouram vidas em outras vidas
de dentro à vida do humano alante
forjado em cálida sensação.
E todo envolto a emoções fundidas,
se perde o homem na paz cruciante
de ser refém da feroz paixão.