Seresteiro
Nunca quis dar meu canto ao chuveiro
Nem sou o primeiro que a isto se nega
Acho brega, meu canto é de seresteiro,
Me dou por inteiro se o ritmo não é brega.
Caminho uma légua, onde haja seresta,
E nem penso em voltar bem mais cedo
Eu não carrego piano ao brinquedo
E vou até madrugada aberta.
Eu sou pano de linho e de chita
Meu engano até crê e acredita
Que a fita do meu laço é marrom.
Mas meu tom é uma sorte sem graça
Que o clichê me suscita, mas passa...
Em seu quarto ela escuta e acha bom.
JRPalácio