Seresteiro

Nunca quis dar meu canto ao chuveiro

Nem sou o primeiro que a isto se nega

Acho brega, meu canto é de seresteiro,

Me dou por inteiro se o ritmo não é brega.

Caminho uma légua, onde haja seresta,

E nem penso em voltar bem mais cedo

Eu não carrego piano ao brinquedo

E vou até madrugada aberta.

Eu sou pano de linho e de chita

Meu engano até crê e acredita

Que a fita do meu laço é marrom.

Mas meu tom é uma sorte sem graça

Que o clichê me suscita, mas passa...

Em seu quarto ela escuta e acha bom.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 06/04/2014
Reeditado em 06/04/2014
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