Soneto da benção ou maldição? Nem sei...
Como não abespinhar desse puro mal estar;
Que finda o vento das asas do valente;
Que tange indisciplinarmente o escudo do doente;
Magoador de sonos intensos, que apedrejam o mar?
Mar das sombras e das alegrias;
De tombos para fantasias;
Da loucura do riso que condiz;
Que das suas águas tem sede o feliz.
Bendita morte és tu entre alguém;
Da impetuosa vida, liberta mais quem?
Das sinuosas torturas que afugentam o fôlego.
Quedas e precipícios – sinônimos da vida?
Desespero, ignorância, e esperança é a última dor?
Ela nos leva, tirando da feliz desgraça, para onde?
15/10/13