Quando você some

Há um descontrole em meu pensamento

Há um fervilhar de palavras tão sentidas

Um querer gritar à caneta, papel e vento

Há composições em mim tão reprimidas.

Existe um cheio de vazio em cada minuto

Um espaço que corre sem ser preenchido

Uma lacuna, de sua ausência um atributo

Há chuva de anseio em verso esbaforido.

Não há tristeza, há somente um cuidado

Há um querer pegar e acarinhar no colo

Há uma certeza de ternura tão sem dolo.

Existe tanto fato em mim que fica calado

O desejo de ver você é que me consome

Quase me desconheço quando você some.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 05/04/2014
Código do texto: T4757788
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