A uma Maldita
Teus pés finos como ourivesaria e a anca
Roliça causa inveja à mais galante dama
Teu corpo terno no sonho impele um drama
Teus olhos negros como opalas que desancas.
No país quente e do sol aqui não manca
No oficio de acender o amor numa cama
As peles frescas e odores que aqui chama
Do leito a alcova em fuga na tua anca.
No mal da vontade ativa de te desejar
Comprar jóias e presentes para te agradar
Todos os dias só faço te querer num poder.
Nas antigas árias ouvidas numa ágora
De uma tarde que o sangue tanto explora
Repousas o corpo numa cama sem esquecer.
Herr Doktor