Esperança

Sou aquela que nasceu do caos,

Aquela que lutou com justiça e grevas,

Sou aquela que sorriu nas trevas.

Sou ignóbil irmã da dura vitória,

Renasço nas histórias mais belas,

Na vida dos homens sou gota simplória.

Sou os versos mais alegres e os tristes,

Sou o falar mais belo e o mais vil,

Sou dos passarinhos o único alpiste,

Sou dos ventos uma só tarde azul anil.

Mas também sou o falar dos mudos,

Mas também sou aquela oculta sorte,

Sendo também o ouvir dos surdos,

Sou no reviver a última que morre.

Rascunho de Poeta
Enviado por Rascunho de Poeta em 05/05/2007
Código do texto: T475745
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