Inferioridade

Eu quero te lembrar que sou humano...

Eu choro, eu sinto dor, sou feio e falho.

Não valho a tua dor, meu bem. Não valho!

Não chores por meu ser que é tão insano.

Sou pobre e perecível, sou profano.

Sou trapo, sou a sobra, sou retalho.

Nem vou servir a ti como agasalho

Pois me desboto um pouco a cada ano.

Tu choras por meu corpo... É ironia?

Quem é que francamente choraria

Por não poder tocar em algo imundo?

Sou nada, sou poeira, sou um resto.

Não sofras mais por mim que pouco presto

Há coisas mais amáveis neste mundo!

Joaquim Da Luz
Enviado por Alex Olliveira em 04/04/2014
Reeditado em 12/07/2014
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