Inferioridade
Eu quero te lembrar que sou humano...
Eu choro, eu sinto dor, sou feio e falho.
Não valho a tua dor, meu bem. Não valho!
Não chores por meu ser que é tão insano.
Sou pobre e perecível, sou profano.
Sou trapo, sou a sobra, sou retalho.
Nem vou servir a ti como agasalho
Pois me desboto um pouco a cada ano.
Tu choras por meu corpo... É ironia?
Quem é que francamente choraria
Por não poder tocar em algo imundo?
Sou nada, sou poeira, sou um resto.
Não sofras mais por mim que pouco presto
Há coisas mais amáveis neste mundo!