Soneto da Invisibilidade
Não sou nada, não sou ninguém!
Rezo lenda aos majoritários.
Digo por mim, e pelo meu povo,
A massa, a engrenagem, fiéis proletários!
Tirados do seio da própria hierarquia,
Aqui cultivados ao seu bel prazer…
Parece ruim? Quão pior não seria,
Aos nossos rebentos o nada fazer!
E quantos dos meu vão dormindo ao relento,
O estomago farto,
Tão cheio de vento!
Nos valem os bares, perto das quebradas!
E até quem nos salva,
É bem loira, e gelada…