Corte de Navalha
Corte de Navalha
Tantas juras de amor pelo vento levadas,
Causando no peito covarde dor e martírios...
Feito tumba enfeitada com vaso de lírios!
E no altar das lágrimas almas derramadas.
Num silencio absoluto que lembra morte,
Açoitei minhas costas com profundo prazer...
Não apenas sentir, quero mais que sofrer!
Não se muda da vida cicatriz, ferida e corte.
Corte de navalha no fundo da face pálida,
O desenlace se fez sem nenhum pudor,
Feito a tez branca da noite cálida.
Vou lambendo lembranças do suor desse amor,
Engulo as juras sozinho num canto do quarto...
Se padecer mais de amor, morro ou mato.
Tony Bahi@.