Quieta

Dia após dia a solidão quieta

Acorda a mente de mais uma vida

Despreocupa com qualquer partida

Sempre ausente em uma linha reta

Veio de um mundo em que ser poeta

É simplesmente ter a voz ouvida

Em meio ao transe de uma bebida

Que traz o sono que pouco lhe afeta

Menina muda cuja voz fascina

Até o canto da própria menina

Fala assinada pelo que se cante

Alguém para entender por um momento

Que faz o tempo parecer bem lento

E o universo nem ser tão distante.

RNetto
Enviado por RNetto em 03/04/2014
Reeditado em 18/08/2016
Código do texto: T4754574
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