Quieta
Dia após dia a solidão quieta
Acorda a mente de mais uma vida
Despreocupa com qualquer partida
Sempre ausente em uma linha reta
Veio de um mundo em que ser poeta
É simplesmente ter a voz ouvida
Em meio ao transe de uma bebida
Que traz o sono que pouco lhe afeta
Menina muda cuja voz fascina
Até o canto da própria menina
Fala assinada pelo que se cante
Alguém para entender por um momento
Que faz o tempo parecer bem lento
E o universo nem ser tão distante.