O CLAMOR DOS MEDÍOCRES
Bendita zona de conforto mimada por mim
Nem frio, nem quente, a um passo de ser vomitado
Estático no bosque da acomodação carmim
Sem ânimo pra buscar melhorias, upgrade enterrado
Preces de arlequim de humor ácido crisântemo
Ouço sussurros no vale da escuridão cortante
Já acostumado ao prelúdio de revés, não temo!
Zero de progresso, estagnado em nível orbitante
Sem fluir na vida, fiz meu castelo no lamaçal
Não consigo, não tento, não quero, não sonho
Evito as decepções, mas sem dor, ganho
Entrego-me aos desejos do clamor medíocre
Luta interna; o seu eu é desertor nesse combate!
Um réquiem é sua única evolução, xeque-mate!!!