SONETO EM RÉQUIEM


Por quem dobram os sinos... - Por mim?
- Ou pelo amor agora morrido?
- Por nós dois talvez, pelo outrora existido!
E agora, definitivamente, chega ao fim.

À quem dobram, necessariamente... - Assim!?
- Em repique de toques... - Entristecido?
Como juntos morrêssemos... Convencidos
De que nada houvesse mais de vim.

Que dobrem os sinos... Eternamente!
Em agouros, em prantos... - Amargamente -
Ao lamento, talvez, do que ficou.

E que faça-se em toques... Em badaladas!
Ao prenúncio da morte anunciada
... Do que definitivamente acabou!

                               Puetalóide        



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Comentário em Destaque


Encanta-me o teu cantar, poeta!
O lirismo dos teus versos, 
a veracidade dos teus sentimentos,
tudo leva-me a acreditar que "Pessoa"
estava enganado quando afirmava
ser o poeta um fingidor.
E eu não me equivocaria mediante a emoção de ler você.
A sensação ainda é a mesma de antes.
E isto me conforta, me consola, me acalenta,
haja visto que um dia mereci tua inspiração.
E se hoje trilhamos caminhos diferentes; estradas outras;
até mesmo o fato de ter alguém, de estar feliz, contente,
nada me impede de continuar sentindo as mesmas emoções.
E não posso negar, ou tentar esconder,
que nunca consegui te esquecer completamente.
Quero que estejas sempre bem.

                    Beijo, Vida Minha!      

                      - Anônimo -            



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INTERAÇÃO


O amor inda ressoa...     
Seja em Fernando, ou em Pessoa
No recôncavo obscuro 
Do fingido poeta coração!

                Nina Costa 



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INTERAÇÃO


Os sinos tocam
Melodias maravilhosas
Acompanham as vozes dos anjos.

Pelas pulsações do universo
Juntam-se réquiens não celebrando a morte
Mas a vida incrível que continua.
   
Assemelha-se às ondas do mar
E estamos na sua imensidão
E quem em vida conseguiu ouvir e sentir
Compreende um cisco e um cento
O que é ser vivo
E ser filho de Deus!

        Walter de Arruda 



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É NECESSÁRIO


Em Portugal
Impera a tristeza
E o povo nem ás ruas saem . 
Em rebeldia
São todos como Pessoa
E como Camões!!!

Era
Obrigado a dizer
"O Poeta é um fingidor"
E ele dizia disfarçado
Em outros sub-nomes.

O que queria gritar em segredo seu coração!
Porquê Poetas não fingem nunca.
Se Poeta for, diz sempre     
Aquilo que sente
Em seus escaninhos, sua Vida
Seu Coração... E sua Alma
... ETERNA!

          Walter de Arruda