A PRESSÃO DIÁRIA QUE ME QUEIMA
Vivo todos os dias na pressão
Incessante de ter a vida cheia
De fogo que somente me incendeia,
Como fúria de lava de um vulcão!
Já parece que estou na solidão,
Onde o inferno me cerca como teia
De aranha que se faz horrenda e feia,
E me prende na cela da prisão.
E pago assim em vida desgraçada,
Os meus tantos pesares que carrego,
Em alma eternamente amordaçada!
Estou no precipício como um prego
A cair na alma sempre condenada,
A sempre arder de amor em fogo cego.
Ângelo Augusto