O TRISTE E AMARGURADO AMOR QUE GUARDO

Oh, vida! Que alegria de tristeza

Sinto no coração assim perdido,

Como um barco pirata de um bandido

Que espelha o rosto fraco da dureza.

Um coração que nada na certeza

Do naufrágio de um grande amor sofrido,

Como num sonho assim incompreendido,

Mas repleto em paixão de sã franqueza!

Oh, vida! Que tamanho amor no peito,

Este meu ser carrega como um fardo

Que revela que nunca sou perfeito...

E assim no amor do inferno quente ardo,

Como um tal condenado assim sujeito

Ao triste e amargurado amor que guardo.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 01/04/2014
Código do texto: T4752314
Classificação de conteúdo: seguro