O TRISTE E AMARGURADO AMOR QUE GUARDO
Oh, vida! Que alegria de tristeza
Sinto no coração assim perdido,
Como um barco pirata de um bandido
Que espelha o rosto fraco da dureza.
Um coração que nada na certeza
Do naufrágio de um grande amor sofrido,
Como num sonho assim incompreendido,
Mas repleto em paixão de sã franqueza!
Oh, vida! Que tamanho amor no peito,
Este meu ser carrega como um fardo
Que revela que nunca sou perfeito...
E assim no amor do inferno quente ardo,
Como um tal condenado assim sujeito
Ao triste e amargurado amor que guardo.
Ângelo Augusto