Ao Despenhadeiro
Em tempos findos de esperança
Ossos lançados a sorte perdida
Surreal desejo perene de vingança
Diante alma sodomizada e vencida
Inferno interno, suprema jactação
A voz grita o sacrifício derradeiro
Em círculos bradando sua lamentação
Lento... lançando-se ao despenhadeiro
Trajeto breve para o corpo carnal
Ouvindo os desejos de retroceder
Um último desejo ousado ao final
Mudança drástica ante morte certa
Tacitamente nasce que deseja viver
Quando o chão toca, alma desperta