SILÊNCIO
SILÊNCIO
Joyce Sameitat
Todo o silêncio que mora bem dentro;
Dos meus sonhos que não são ditos...
Sempre permanecem tão escondidos;
E neles nem eu própria sequer entro...
Pois não há palavras que traduzam;
Este calar que se faz constante...
Com ares de um tempo errante;
E falar mesmo... Não se aventuram...
É como que um toque de recolher;
Criado pelo excesso de solidão...
Que a tudo deixa sem responder!
Fizeram até um ninho no coração...
Para resguardar este tal mutismo;
De sonhos que beiram abismos...
SP - Março 2014