Carla
A doce, nobre e, deveras, alva
Rainha do lar e serventia,
Ama, se orgulha, venera e cria
O fruto que se curva à ressalva.
Àquela que cuida e sempre salva,
É dada, de fato, a valentia
De amar ao filho tal a Maria:
Mais que a si numa verdade calva.
De tanto amor e do amor ser tanto,
De querer tanto e de tanto querer,
Um dia a mãe se vê numa charla:
Falando que ama, nota-se o pranto,
Puro e sincero como o alvorecer,
Banhando o lindo rosto de Carla!