Relato Póstero
Relato Póstero
(Soneto)
Veio para buscar-me na hora certa…
Mostrando cortesia e complacência.
Perguntando primeiro com clemência,
Se estava consciente e bem alerta!
Respondi-lhe que sim, com voz aberta!
- Já nem me vale o passo com prudência…
O destino embargado está em dolência,
E a carne só deseja estar deserta. –
Ao ouvir meu queixume, lamentou…
Volveu com eloquência e erudição,
Mas nem sua insistência me acalmou.
Na mão, tinha um gatilho por premir,
A minha arma apontada ao coração…
E deixou minha vida de existir!
André Rodrigues 27/3/2014