BALUARTE...

Singela lembrança... Minha flâmula,

Que não é mero enfeite ou deleite,

Perdura mais que qualquer chama,

Luz que me chama em mil feixes.

Forte à beira do mar em mancha,

Algo em algas e sais sem desfeche,

A bater tal qual no cais se lança,

Agarro-me as mesmas paredes.

A me defender do esquecimento,

O mau que nos joga ao lamento,

De não suprir os últimos delírios.

Mas, no sentir da manhã o vento,

Em pulsar do nutrir o único intento,

Ser mel mártir e não fel martírio.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 27/03/2014
Código do texto: T4746384
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