NO CALVÁRIO DO AMOR

Pensava em ser feliz, fui desprovido

Das tetas que alimentam meu encanto,

Ouvindo vozes doces aos ouvidos

Tirei do meu olhar um triste pranto...

Eu fui mais um apenas, fui infante

Nas coisas que eu sentia com ardor...

E vendo tudo em mim sempre distante,

Distante dos meus olhos tive o amor...

Amei, sozinho amava, e amava tanto

Que em lembranças parcas me encontrei:

Quem ama e não vive seus encantos

Na vida não espera o que passei.

Não sabe o coração que ama o quanto

Um súdito difere-se de um rei.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 26/03/2014
Reeditado em 26/03/2014
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