Como recém-nascido
Como recém-nascido
Sou cúmplice do universo
E em silêncio observo
Na triste e fria distância do verso
Tempo que o passado irradia e conservo
Vejo da sua eternidade o fim
Buracos negros, como recém-nascido
Em longos e talvez até profundo
Decantar da realidade do mundo
No a partir, de seu parto, a vida
No show encantado da existência comovida
O de a lembrança um alcançar convida
Vou assim ao humano resplandecer
Como individuo neste amanhecer
Encher-me do sistema, na glória de viver.
Kiko Pardini