PERDA...

Ó madrugada linda porque tanto choras

A chuva do teu céu tão bela infinda assim?

Parece minh’alma aqui tão triste agora

Nas beiras desse tempo que se esvai de mim...

Não vejo a Lua em prata e nem a estrela-aurora

Só ouço os teus soluços de amargura e fim;

Deveras poderia ora deixar embora,

O vento que te sopra o vendaval ruim...

Adentro a escuridão dos teus céus cinza, breus,

E vejo os fortes raios, desesperos teus,

Tal qual a minha vida se quebrando em dor...

Sim, este embalsamento de emoção, adeus,

Partiu de um dia assim bem semelhante aos véus

Que caem das tuas alturas, pois perdi meu amor...

Arão Filho.

São Luís-MA, 25 de Março de 2014.