MEU UMBIGO

Ah, quantas madrugadas acordado!

Tentando a todo custo desenhar-te,

No afã de a todo mundo apresentar-te

E de orgulho ficar maravilhado.

Mas qual o que; sem dom não se faz arte,

E cada tentativa é um rabiscado

Sem vida, condenado ao descarte,

A ir parar no lixo amarrotado.

Quisera esse prazer, mas não consigo,

Não vou te desenhar à revelia.

Quem sabe se amanhã de bem comigo...

Consiga a tua imagem, todavia,

Pois sinto que tu és o meu umbigo;

O meu orgulho mor, minha poesia.

* Grato, lindas interações:

O AMOR EXPLICA

Não te aborreças, não, meu caro amigo,

nem todos têm a mão leve pro traço,

quem sabe só precises, eu te digo,

de ir devagarinho, passo a passo.

A arte é um dom nasce com a gente,

não vem no de repente, assim à toa,

porém nunca desiste, experimente,

tu hás de conseguir, bem numa boa.

O amor explica tudo neste mundo,

é sentimento enorme e "profundo".

(HLuna)

Traços técnica não tenho

Rabisco a imagem gravada

Não no papel do desenho

No coração entalhada...

Primeiro o rosto ovalado

Depois os olhos profundos

Nobre nariz afilado

Boca mais linda do mundo

Aquelas belas covinhas

Ao sorriso cativante

As sobrancelhas certinhas

Se triste; logo arqueantes

Com os tão negros cabelos

Quais negrume sem luar

Seu semblante de desvelo

Reflete brilho do olhar

Com um queixo bem formado

Cheio de pelos no peito

Tem ouvidos delicados

Você é 'quase' perfeito!

(Madalena de Jesus)

Pensamentos ou vontades são desejos

O poeta também é bom escritor

Escrevendo ou pensando nos ensejos

No divã, lindas poesias de amor.

(chinxola)

!...MEU SONHO DE POETA...!

Transmutar versos em poderosa magia,

Que num poema mate dores e tristezas...

E o leitor, sinta-se autor, e por nobreza,

Repasse ao próximo as luzes da poesia...

Levar ao mundo, o que n?alma, eu sinto,

Adaptado ao tempo e visão de cada um...

Em curto prazo o amor torne-se comum,

Da fonte ao alvo, sem nenhum labirinto...

Revelando de Deus, seu grande projeto,

Mostrando a lei, com exemplos legíveis...

Reforçando de Cristo, gestos plausíveis,

Intuindo em textos seu amor manifesto...

Fazer desse dom os caminhos possíveis,

Pras todos viverem os céus compatíveis...

(Jacó Filho)