EM PROL DO VELHO MONGE
EM PROL DO VELHO MONGE
Hoje, no leito raso e assoreado,
O outrora caudaloso e belo rio,
Quase sem vida, se tornou sombrio;
Virou filete d`água maculado.
O velho monge, agora, é só passado;
Do vigor, seu caudal ficou vazio;
Já, da morte, sentindo o calafrio,
Arqueja entre os esgotos, afogado.
Dos tempos do poeta do Amarante,
Quando corria forte e impetuoso,
Pouco tem, rio abaixo, rio arriba.
Jaz moribundo, triste e agonizante,
Sofrendo poluído e amarguroso,
O dantes navegável Parnaíba.
The, 22/03/2014 --- H. Feitosa.