Noite

Ela vem de mansinho outra vez

Solenemente arrumada enfeitada

Tendo-me como contumaz freguês

Cheia de pompa em azul ornada

Com brilhos luzes monstros e mistérios

Ela vem com seu tenebroso silêncio

Magoando-me segundo seus critérios

Envolvendo-me, com total escárnio

Revelando imensos fortes segredos

Pesadelos terríveis, cruéis e morte

Mas se eu mais uma vez tiver sorte

Se passar por mais esta noite ileso

O radiante amanhã encontrarei

E de dia pelo menos feliz serei

Antonio Fernando Ribeiro
Enviado por Antonio Fernando Ribeiro em 23/03/2014
Reeditado em 23/03/2014
Código do texto: T4740638
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