Noite
Ela vem de mansinho outra vez
Solenemente arrumada enfeitada
Tendo-me como contumaz freguês
Cheia de pompa em azul ornada
Com brilhos luzes monstros e mistérios
Ela vem com seu tenebroso silêncio
Magoando-me segundo seus critérios
Envolvendo-me, com total escárnio
Revelando imensos fortes segredos
Pesadelos terríveis, cruéis e morte
Mas se eu mais uma vez tiver sorte
Se passar por mais esta noite ileso
O radiante amanhã encontrarei
E de dia pelo menos feliz serei