IMPOTÊNCIA - II
(Aqui como soneto)



Descobri vereda que antevi florida,
mas sinto, sentida, me superestimei;
claudicante em atos, pós tombos e feridas,
plena de impotência me perdi, parei.

Por certo a caminhada carecia mais
do que plantar e conversar com flores.
Outros amores para ti fatais
deixaram marcas, obsessões e dores.

Lerei o tempo à margem do caminho
e tentarei, ao esperar, se me acostumo
a aceitar a ausência de carinhos.

Preciso força e fé para encontrar o rumo:
- da confiança em transmudar destinos,
- ou da certeza de que nada aprumo.
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(Esta é a minha segunda tentativa em sonetos, e este está aqui porque o ilustre poeta JORGE DE OLIVEIRA cometeu a ousadia de dizer que era publicável. Então... as reclamações são para ele, por favor, rs) 

 
Fotos:- As flores daquela vereda não foram colhidas, mas das raízes do coração outras poderão brotar, tão lindas quanto essas "rosas" do meu jardim.