O TEMPO DO NADA
Os que dizem que sou um grande poeta,
Não dizem a verdade do que sou
E não sabem sequer a minha meta,
Do alegre amor que o tempo me levou.
E o que de bem me dizem já que dou
E que a todos atinge como seta,
Dirigida à paixão que amor me espeta,
De um coração que por amor amou...
Não me desejo nem sequer sou nada,
Pois poeta é ser um pobre vagabundo
Que chora pela sua bela amada...
O tempo do sossego é tão profundo
E a maior esperança é transformada
Num grão de areia seca deste mundo.
Ângelo Augusto