O TEMPO DO NADA

Os que dizem que sou um grande poeta,

Não dizem a verdade do que sou

E não sabem sequer a minha meta,

Do alegre amor que o tempo me levou.

E o que de bem me dizem já que dou

E que a todos atinge como seta,

Dirigida à paixão que amor me espeta,

De um coração que por amor amou...

Não me desejo nem sequer sou nada,

Pois poeta é ser um pobre vagabundo

Que chora pela sua bela amada...

O tempo do sossego é tão profundo

E a maior esperança é transformada

Num grão de areia seca deste mundo.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 22/03/2014
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