Isto posto...
Passou um vento do teu verso em meu rosto
E senti gosto ruim em meus dentes
Carentes de mim teus versos e repentes
Crentes que estão fingindo desgosto.
Passa a mão, limpa o rosto, urgente;
Eu demente? Eu já sei do que gosto
Não aposto no escuro, vou em frente,
Olhando na lente o preço do imposto.
Já não posto pra ti um terço que faço
Já não esgarço o papel como d'antes
Amantes nos fomos de versos e malas
Mas já não exalas o verbo... é escasso,
Portanto não caço a messe igual antes...
Guarda teus versos e recolhe o que falas.
JRPalácio