Isto posto...

Passou um vento do teu verso em meu rosto

E senti gosto ruim em meus dentes

Carentes de mim teus versos e repentes

Crentes que estão fingindo desgosto.

Passa a mão, limpa o rosto, urgente;

Eu demente? Eu já sei do que gosto

Não aposto no escuro, vou em frente,

Olhando na lente o preço do imposto.

Já não posto pra ti um terço que faço

Já não esgarço o papel como d'antes

Amantes nos fomos de versos e malas

Mas já não exalas o verbo... é escasso,

Portanto não caço a messe igual antes...

Guarda teus versos e recolhe o que falas.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 22/03/2014
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