SONETO DO DESCENSO
Ó sentir estranho em calabouço
Da fria alma a emoção invicta
Vero coração de duro arcabouço
Da humana agrura es convicta
Ó existir revestido de escassez
comer,respirar,andar...um viver indigno
Face aos lampejos malignos
Num triz se agüenta a lucidez
No abismo o existir se deteriora
Jaz o seu frescor...silêncio profundo
Sobre si pesa o bipolar mundo
Numa infinda e interposta teia
Na vida vicissitude se desencadeia
E o amor próprio... já ignora
21.03.2013