DOCE PECADO DE VERÃO
Um lindo céu, espírito de alto verão,
E aparecia a deusa como em um chamado,
Sol a brilhar no corpo, todo bronzeado,
E confessava sobre a triste solidão...
Aquele céu, aquele sol, aquele mar
Testemunharam tudo aquilo entre nós,
E mais ninguém nos viu, estávamos a sós:
Praia deserta é convite para amar...
Fui pecador, eu não mereço piedade,
Eu vacilei, perdi toda seriedade,
Decerto fui chamado para o tal inferno...
Aquela jovem é a pura crueldade,
Eu sou homem bem sério, só visto terno,
E não suporto nada além do frio inverno...
(Victor A M Pinheiro)