Desleitado
A criança quando ainda vive de mamar,
Leva um tempo para soltar o doce peito;
Hoje eu sei que sinto meu peito estreito,
Pois igual criança viciei-me em te amar.
Sinto falta do odor amoroso do teu leito,
Que me lembrava da imensidão do mar,
Meus olhos mareados sempre a abismar
E a chorar como criança já homem feito.
Me destes e tirastes como se fosse doce,
Tua atenção e segurança, minhas pontes!
E eu ingênuo a agir como jovem precoce.
Não irei como criança berrar aos montes,
Mas não será fácil, ainda que não esboce,
Sem teu amor e atenção, diletantes fontes.