Desleitado

A criança quando ainda vive de mamar,

Leva um tempo para soltar o doce peito;

Hoje eu sei que sinto meu peito estreito,

Pois igual criança viciei-me em te amar.

Sinto falta do odor amoroso do teu leito,

Que me lembrava da imensidão do mar,

Meus olhos mareados sempre a abismar

E a chorar como criança já homem feito.

Me destes e tirastes como se fosse doce,

Tua atenção e segurança, minhas pontes!

E eu ingênuo a agir como jovem precoce.

Não irei como criança berrar aos montes,

Mas não será fácil, ainda que não esboce,

Sem teu amor e atenção, diletantes fontes.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 20/03/2014
Código do texto: T4736583
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