“AO MANCEBO”
Aos sem graça da vida, com graça
Vivi. De sonho reto ou torto
Sempre viveu este morto
Que ora se dissolve a carcaça.
Fincada a pedra tumular,
Finda-se o calor da vida.
Nos braços de Tâtano à descida
Para o Hades logo adejar.
A você que me olha estupefato
Deverá aceitar sempre o fato
Que um dia seguirá este caminho...
Viva, sonhe, ame... Respeite o seu
Semelhante. Para um dia, como eu
Possa morrer bem velhinho.