Confissão

Aos olhos em que nada me fascinam

Despojo meus mais frios desprezos

Confesso-te minha inexistência de desejos

Que teus risos jamais me arrepiam...

Confesso, enfim, que tuas lágrimas ignoro,

Que em nada me aflige tua ausência.

Que não habitas os instantes da minha indecência

E que quando faltas não choro.

Confesso que me fadiguei em escrever-te,

Que não almejo em nada ver-te

Que meu amor em ti não se inspira...

Ó confesso a tão fria paixão

Que em nada atormenta meu coração,

Confesso-te, que tal escrito fora mentira...

Izaías Serafim
Enviado por Izaías Serafim em 18/03/2014
Código do texto: T4734527
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