Confissão
Aos olhos em que nada me fascinam
Despojo meus mais frios desprezos
Confesso-te minha inexistência de desejos
Que teus risos jamais me arrepiam...
Confesso, enfim, que tuas lágrimas ignoro,
Que em nada me aflige tua ausência.
Que não habitas os instantes da minha indecência
E que quando faltas não choro.
Confesso que me fadiguei em escrever-te,
Que não almejo em nada ver-te
Que meu amor em ti não se inspira...
Ó confesso a tão fria paixão
Que em nada atormenta meu coração,
Confesso-te, que tal escrito fora mentira...