BON(S)ECOS

Solitário traço desliza a mente,

alma escorrendo em tinta.

Impreciso, incerto, reticente,

dá vida ao que quer que sinta.

Palavras, em gotas, respingam.

Com o tempo, rejuvenescem.

Carentes até mendigam.

Quando calmas, adormecem.

Abrir traz o despertar.

Com uma leitura ou um olhar,

palavras e letras voam.

Felizes, abrem as mentes.

Do papel, surgem sementes,

frutos que, lidos, ecoam.

Ernesto Braga
Enviado por Ernesto Braga em 18/03/2014
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