BON(S)ECOS
Solitário traço desliza a mente,
alma escorrendo em tinta.
Impreciso, incerto, reticente,
dá vida ao que quer que sinta.
Palavras, em gotas, respingam.
Com o tempo, rejuvenescem.
Carentes até mendigam.
Quando calmas, adormecem.
Abrir traz o despertar.
Com uma leitura ou um olhar,
palavras e letras voam.
Felizes, abrem as mentes.
Do papel, surgem sementes,
frutos que, lidos, ecoam.