JARDINEIRA

Versejo a mesma luz, mas nunca o mesmo verso...

Em pausa algo premente da minha poesia atemporal!

Poeto a toda cruz, ao tapete do universo

Em verso que conduz à minha aurora boreal.

Não sou a flor que chora, floresço em sorriso...

Versejo no imprevisto da estação que já se vai

Em verso de remanso eu enxugo todo o pranto

Que possa desaguar na aridez algo tenaz.

Em verso sou a flor que se espiveta na orgia

Em plena companhia da manhã dentro de mim...

Sou rosa e beija-flor, sou o encontro, a magia!

Sou sol ainda dormente...sou perfume de jasmim.

Em verso sou encanto, desabrocho em primavera

Qual jardineira da janela, desbrocho, sou jardim!