Para sempre

Da folhagem verte o orvalho

A escorrer sobre o pálido rosto

Cujo corpo acosta-se ao arbusto

Bálsamo!Junto ao relvoso assoalho

O sândalo em lenhoso eflúvio

Inebria a paragem circundante

Além da planície um assovio

Eis que Hades acena distante

O espírito sobe a colina íngreme

Tanto tempo andarilho a esmo

Do corpo desprendeu-se mesmo

detrás do oriental relevo

Alhures... campo Elísio longevo

O sono eterno será o leme

18.03.2014

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 17/03/2014
Reeditado em 20/03/2014
Código do texto: T4732963
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